sábado, 27 de agosto de 2011

LIPO SEM CIRURGIA? A RADIOFREQUÊNCIA


Essa é a pergunta que não quer calar! Inúmeros equipamentos com inovação tecnológica estão procurando tratamentos alternativos à Cirurgia Plástica.

A radiofreqüência é uma forma de energia eletromagnética que produz aquecimento na camada da pele chamada derme profunda e no tecido subcutâneo, o tecido gorduroso. Realizado de forma controlada e profunda, sem atingir a camada mais superficial da pele, a epiderme.  È uma tecnologia totalmente diferente do laser ou luz intensa pulsada. O grau de aquecimento vai depender da resistência e da densidade do local utilizado. 

A energia fornecida pelo aparelho de radiofreqüência promove um aquecimento volumétrico controlado: causam oscilação das moléculas de água que transforma energia eletromagnética em energia térmica.
O objetivo é chegar a 40-42ºC na superfície e 50-60ºC na profundidade. O aquecimento promove a regeneração do colágeno, quebra de tecidos gordurosos e fibrosos, aumento da circulação e drenagem de fluidos. Há uma contração imediata do colágeno, e indução de formação de um colágeno mais firme ao longo do tempo. A pele fica visivelmente mais viçosa, com melhora do tônus, textura e do contorno. Para proteção da pele em relação ao calor produzido pela radiofreqüência, a maioria dos aparelhos possui um mecanismo de resfriamento geralmente localizado na ponteira (onde tem contato com a pele).



Pode ocorrer uma vermelhidão e inchaço na área tratada, que costumam resolver espontaneamente em muito pouco tempo. É completamente indolor, sendo sentido durante o tratamento, uma sensação de calor local. Depois do tratamento, a paciente poderá retornar às suas atividades normais, sem restrições pelo método.
Por isso é um método de tratamento clinico para a celulite, flacidez e gordura localizada. Enrijece a pele ao causar o remodelamento do colágeno. Com o movimento das moléculas e aquecimento, consegue romper as células de gordura. A melhora da celulite é alcançada pelos efeitos citados associados ao afrouxamento e até rompimento das traves fibrosas que causam a celulite.


Obviamente, o tratamento necessita de várias sessões variando a cada caso e o efeito é atingido de forma gradual. Porém, já se consegue algum efeito imediato que melhora a cada sessão.  O intervalo entre as sessões costuma ser de 15 dias, tempo necessário para recuperação necessária. O remodelamento do colágeno continua, como todo processo cicatricial, por muito mais tempo.


Pode ser usado por pacientes que relutam em fazer uma cirurgia plástica (como a lipoaspiração) e até para melhorar os efeitos alcançados pela cirurgia. Principalmente no que tange a flacidez e determinadas regiões com celulite, onde a lipoaspiração possui um resultado limitado. E ainda no tratamento de áreas de fibrose mais prolongadas que podem acontecer após uma lipoaspiração. 

O tratamento com radiofreqüência tem indicação não apenas na celulite, flacidez e gordura localizada com melhora por exemplo da flacidez de braços, parte interna das coxas, da pele abdominal além de firmar e modelar glúteos. Ele pode ser utilizado inclusive como adjuvante de tratamentos de rejuvenescimento facial, tratando a flacidez de face e pescoço, bem como as tão indesejáveis “papadas” e “bochechas de fofão”. Portanto é capaz de melhorar o contorno facial.
É possível conseguir em regiões de celulite grau baixo uma melhora de quase 100%, o que pode não ser conseguido em casos mais graves, apesar de uma melhora significativa.

As contra indicações ao seu uso são: utilização de marcapassos, presença de metais próximos à superfície cutânea tratada, gestação, doenças do tecido conjuntivo/tecido muscular e doenças cardíacas graves. Inexiste qualquer interferência da cor de pele  ou idade do paciente.

È importante frisar que não possui um resultado de uma cirurgia plástica, nem deve ser usado como método de emagrecimento. E nem substitui a necessidade de uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos.  A radiofreqüência é mais um recurso tecnológico no tratamento clínico das patologias apresentadas. Além disso, é um procedimento a ser realizado por um médico habilitado. É um tratamento médico!

Existem diversos aparelhos inclusive divulgados pela mídia, que utilizam essa tecnologia. O aparelho de radiofrequência utilizado no Espaço Médico Integrado é o Accent XL.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MAMOPLASTIA DE AUMENTO - PRÓTESE DE MAMA



A cirurgia de mamoplastia de aumento pode estar indicada nos casos de: seqüelas de mamoplastia, ausência ou hipodesenvolvimento da glândula mamária (uni ou bilateral), diferença entre os tamanhos da mama, mama tuberosa, ptose mamária, involução do volume mamário pós gestação e reconstrução de mama pós mastectomia.
É uma cirurgia que tem altíssimo índice de satisfação e com baixíssimo índice de complicações. Por isso que representa uma das cirurgias plásticas mais praticadas na atualidade. Em 2010, dos 140 mil implantes de silicone feitos no Brasil, 12% foram em adolescentes.
Diversos estudos foram conclusivos e que fornecem a garantia de que mulheres com implantes não têm um aumento significativo do risco para essas doenças.
A presença da prótese de mama também não interfere no rastreio para câncer de mama. Apenas é necessário avisar ao radiologista da existência da prótese, para que manobras sejam feitas de forma a melhorar a visualização do parênquima mamário.  
Os riscos são baixos, mas como o de qualquer outra cirurgia. É preciso fazer todos os exames e verificar o perfil de saúde do paciente.

 CICATRIZES


As vias de acesso, ou seja, a localização das cicatrizes pode ser: cicatrizes prévias localizadas na mama ou na proximidade, sulco inframamário, transareolomamilar (horizontal passando pelo meio do mamilo - pouco praticada hoje em dia), perioareolar e axilar.
A incisão periareolar é uma ótima alternativa quando a aréola possuir mais que 3cm de diâmetro. A cicatriz fica escondida na transição entre a pigmentação da aréola e da pele mamária. Ainda, se desejado, pode ser realizada tatuagem para maquiar e esconder a cicatriz.
Nos casos de aréolas menores que 2,5 cm e que há previsão de utilização de implantes de maiores volumes, as alternativas seriam as incisões no sulco submamário ou na prega axilar.
A utilização de prótese com revestimento de poliuretano, praticamente inviabiliza o uso do acesso por via axilar.

PRÓTESES

As próteses de mama vêm evoluindo muito nos últimos anos. O gel de silicone utilizado no interior das prótese agora é coesivo, ou seja, mesmo que por algum motivo ocorra o rompimento da cápsula que a reveste, o gel não se vaza e nem espalha. O gel é coesivo mas de consistência bem macia, com objetivo de ser natural.

Os implantes possuem uma cápsula de revestimento com várias membranas de cobertura, também de silicone. Essa pode ser lisa, texturizada ou com cobertura de poliuretano. Quase não se usam mais as próteses de revestimento liso.
Com esses dois novos revestimentos, o índice de contratura capsular diminui drasticamente, aumentando a segurança para a paciente.
Existem próteses dos mais diversos formatos e projeções. Podemos generalizar a forma da base em redonda ou anatômica (em gota).

Em relação à projeção, pode ir desde baixo até extra alta ou cônica. A escolha depende principalmente da expectativa do paciente em relação ao formato final da mama - exemplos: o perfil alto aumento a projeção e preenche a mama e o anatômico faz uma projeção mais no pólo inferior.


LOCALIZAÇÃO DA PRÓTESE

A prótese pode ser posicionada em três planos diferentes: retroglandular, retrofascial e retromuscular.
A localização retroglandular é a mais anatômica e menos agressiva. 


TEMPO DE VIDA ÚTIL DO IMPLANTE

Não há consenso sobre limite de vida útil do implante. Alguns fabricantes sugerem avaliar a troca após 10 anos, mas já se podem acompanhar pacientes com implantes mamários há mais de 20 anos e sem qualquer problema. Por isso tem se defendido a idéia de acompanhar os pacientes de uma forma mais conservadora.

 ALTERAÇÕES DE SENSIBILIDADE

 Alterações de sensibilidade no mamilo ou seio geralmente são temporárias.

AMAMENTAÇÃO

As próteses de mama não interferem na amamentação, são colocadas em um plano sob a glândula mamária. Recomenda-se aguardar pelo menos seis meses após o término da amamentação, antes da realização da mamoplastia de aumento.

ESTRIAS

A colocação de próteses de grande volume em peles de consistência firme, por causar estiramento da pele, pode favorecer o aparecimento ou aumento das estrias. Para evitar, é recomendado o uso de um bom creme hidratante para preparar e cuidar da pele.

PRÓTESE SALINA

São posicionadas as próteses vazias e depois com a seringa cada prótese separadamente vai sendo preenchida com solução salina até chegar aos tamanho desejado. É mais utilizada EUA e Canadá pois nesses países ainda é proibido o uso de silicone gel. Tem o inconveniente de se notar esse liquido quando em movimento, ser mais dura ao toque e ter risco de vazamento. Apresentam um aspecto final mais arredondado e de consistência mais artificial, Há a possibilidade de deflação (vazamento progressivo) com redução do tamanho e assimetria. Não tem uso liberado no Brasil.

CONTRATURA CAPSULAR

É decorrente do próprio organismo da pessoa à prótese, como ocorre a algum “corpo estranho” ao organismo. Não há como prever, mas certos cuidados são tomados no planejamento e realização da cirurgia caso ocorra. Nos casos leves, há medicamentos com eficácia descrita. Nos casos de contratura mais importante, a indicação é troca da prótese para a de poliuretano com mudança do plano de localização da mesma.

ORIENTAÇÕES PRÉ OPERATÓRIAS


Os exames pré operatórios irão variam de acordo com o perfil da paciente, mas em geral incluem algum exame de imagem da mama (mamografia ou ultrassonografia das mamas).
  • Não utilize medicações contendo AAS (Ácido Acetilsalicílico) ou derivados por 2 semanas antes e 1 semana após uma cirurgia mamária.
  • Evite ainda o uso de vitamina E (mais que 600U/dia), vitamina C (mais que 1g/dia), Ginko Biloba, Arnika, Ginseng ou outras ervas medicinais por 1 semana antes da cirurgia. 
  •  Evite ainda o uso de qualquer medicação antiinflamatória ( diclofenano, nimesulida, cetoprofeno, dentre outros ) por 1 semana antes da cirurgia.

     RECUPERAÇÃO E CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS


    A paciente já pode estar andando sozinha pouco tempo após a sua cirurgia de aumento do peito.
    É normal sentir um pequeno desconforto ou dolorimento na região torácica nos primeiros dias após a cirurgia, bem como aumento de sensibilidade ou coceira.
    O sutian (ou cinta) deve ser mantido no primeiro mês. 
    É contra-indicado atividades como levantar, empurrar ou puxar qualquer coisa ou exercer qualquer atividade extenuante ou torção do tronco por um mês. Atividades físicas desportivas devem ser evitadas por pelo menos quatro semanas após a cirurgia.
    É importante seguir todas as instruções de cuidados ao paciente, conforme indicado por seu médico. 
    Depois da mamoplastia de aumento, muitas vezes é possível retornar ao trabalho dentro de poucos dias ou uma semana, dependendo do tipo de atividades que são necessárias em seu trabalho. Porém você não poderá dirigir carros e nem pegar ônibus ou metrô, pois para isso é necessário elevar os braços.



    ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS

    •  Evite o sol por 3 meses após a cirurgia, mesmo assim use filtro solar com FPS maior ou igual a 30. Use ainda duas camadas de micropore, nas cicatrizes, por baixo das roupas de banho, caso vá a praia após os 3 meses.  
    • Não troque, molhe ou mexa no curativo até que seja autorizado pelo médico. 
    •  Deverá ser utilizado um sutiã ou cinta recomentada, sem costuras, 24 horas por dia, durante todo o primeiro mês pós – operatório. 
    • Durma de barriga para cima durante todo o primeiro mês.
    • Dormir de barriga para baixo somente após 2 meses, no mínimo.
    • Os braços não devem ser elevados acima dos ombros nas 2 primeiras semanas.
    • Evite dirigir por 2 semanas.
    • Em geral a maioria dos pontos são internos, absorvíveis e não precisam ser retirados. Porém, alguns poucos pontos externos podem ser utilizados.
    • Exercícios envolvendo os membros inferiores podem ser realizados a partir de 1 mês, desde que os membros superiores não sejam forçados.
    • Exercícios que envolvam os membros superiores de forma intensa devem ser realizados somente após o 2º mês pós – operatório.

    domingo, 14 de agosto de 2011

    DEPILAÇÃO A LASER



    Todos os pacientes que realizam qualquer método de epilação poderiam ser candidatos ao tratamento de epilação a Laser, mas principalmente a aqueles com irritação de pele, pêlos encravados, manchas e queimaduras. Pode ser realizada a remoção de pêlos indesejados em qualquer parte do corpo.  É contra-indicado na gestação.

    O conceito básico do laser se baseia na emissão de uma onda de energia preparada de forma que ela atinja um alvo específico. No caso da do laser para remoção de pêlos o alvo é a melanina encontrada no pêlo e no 1/3 superior do epitélio folicular. A energia emitida é absorvida pelo pigmento localizado próxima à raiz do pêlo, numa fração de segundos, tempo suficiente para destruir a raiz, impedindo-a de voltar a crescer.


    Existem diversos tipos de laser, porém o laser de diodo mostrou-se o mais eficiente na remoção de pêlos em longo prazo. Como o laser de diodo utiliza a melanina como pigmento-alvo, esse tipo de tratamento não é resolutivo no caso de pêlos brancos.

    Os pêlos crescem em ciclos repetitivos e cada folículo piloso tem um ritmo de crescimento independente de outros folículos. De forma genérica, os ciclos da face, axila e virilha são mais curtos que o de pernas e dorso. Como nem sempre os pêlos estão na fase desejada (anágena), são necessárias algumas sessões para se atingir um resultado significativo.


    A diferença já pode ser observada nas primeiras aplicações, variando de acordo com o tipo de pêlo, de pele e da região tratada. Os melhores resultados são obtidos em peles claras e pêlos escuros e grossos.
    O bronzeamento da pele diminui a eficácia do tratamento, dependendo do aparelho utilizado. Da mesma forma, pêlos loiros e ruivos por conter uma menor quantidade de melanina, também não respondem bem ao tratamento, necessitando de um maior número de sessões.

    São relevantes para qualquer tratamento a laser, histórias pregressas de herpes simples, distúrbios hormonais, quelóide, vitiligo, psoríase e líquen plano; bem como o uso de corticóides, ácidos e isotretinoína (roacutan) recentes.

    Recomendamos aos pacientes que evitem o sol e usem fotoproteção diária, durante todo o tratamento. Todos os pacientes devem também evitar uso de métodos depilatórios de tração como cera, pinça e eletrólise por pelo menos 3-5 semanas antes. Está liberada a raspagem com lâmina e uso de cremes depilatórios. No dia do tratamento ou dia anterior, depilar com gilete a área que se deseja aplicar.  Imediatamente após o tratamento a pele pode ficar pouco avermelhada, o que costuma regredir em poucas horas. Os pêlos podem não cair imediatamente. Eles começam a cair gradativamente em cerca de 5 a 10 dias. Podem se formar "casquinhas superficiais" que não devem ser arrancadas para que não fique cicatriz ou manchas.

    Se feito de forma correta, é possível conseguir uma redução de mais de 90% dos pêlos durante o tratamento com cerca de seis sessões realizadas dentro de um intervalo de 1 a 2 meses.



     O tratamento a laser pode causar um pequeno desconforto. Como certas áreas do corpo são mais sensíveis do que outras, algumas vezes, são aconselháveis o uso de cremes anestésicos. A sensação difere de paciente para paciente e de acordo com sua sensibilidade. Normalmente técnicas de resfriamento local e pomadas anestésicas são eficazes

    Considerando-se que a paciente necessita de poucas sessões e que os resultados são a médio e longo prazo, a depilação a laser representa o melhor custo-beneficio.